José Jorge Letria
Poeta, dramaturgo, ficcionista e ensaísta português nascido a 8 de junho de 1951, em Cascais. Dedicou-se desde muito cedo ao jornalismo, tendo trabalhado como também guionista e autor de programas de televisão. Foi membro da Direção da Sociedade Portuguesa de Autores e vereador da Cultura na Câmara Municipal de Cascais.
Colaborou em várias publicações - das quais se destacam, entre outras, Colóquio/Letras, Hífen, Vértice, Boca Bilíngue, Palimpsesto e Plural - tendo desempenhado, por exemplo, funções de subchefe de redação do Jornal de Letras ou de correspondente em Portugal de Delibros (Espanha).
O nome de José Jorge Letria está ligado, na criação poética e no ensaio, à canção de intervenção, tendo estado envolvido, por essa via, ao lado de José Afonso ou de Ary dos Santos, no processo revolucionário que conduziu ao 25 de abril. Embora nesse momento a arte poética exigida pelas circunstâncias históricas acentuasse a exaltação e o combate, já aí a sua obra afirmava um investimento em imagens e metáforas e uma vocação para o trabalho da língua (patente desde logo nos jogos de palavras de que parte muitas das vezes para a construção dos títulos das obras poéticas) que viriam a caracterizar as publicações seguintes.
Da sua obra literária, largamente premiada, destaca-se a poesia, que se encontra em grande parte compilada em O Fantasma da Obra (1973-1993), de 1993.
No ano de 2001, em Barcelona, foi-lhe entregue o Prémio Aula de Poesia. Seis anos depois, foi o primeiro escritor a ser galardoado com o Prémio de Poesia Nuno Júdice, instituído em Aveiro.
Biografia literária
Uma das obras mais comoventes do autor foi "Coração sem abrigo".
O essencial da sua obra poética encontra-se condensado nos dois volumes da antologia "O Fantasma da Obra", publicados respectivamente em 1994 e em 2003, ano em que completou três décadas de actividade literária em livro, e foi objecto de uma dissertação de Mestrado apresentada em 2003 na Universidade Aberta pela Drª Fátima Azóia.
O seu livro para crianças "O Homem que Tinha uma Árvore na Cabeça"… integrou, em 2002, a lista "Books and Reading for Intercultural Education", da União Europeia.
Autor de quase duas centenas de títulos publicados em cerca de cinquenta editoras diferentes, metade dos quais na área literatura infanto-juvenil, a sua obra para a infância foi o tema da dissertação de Mestrado da Drª Maria Teresa Macedo, na Universidade do Minho.
Sobre a sua experiência na madrugada do 25 de abril publicou, em 1999, o livro "Uma Noite Fez-se Abril".
Foi autor do ensaio "O Terrorismo e os Media - O Tempo de Antena do Terror".
Tem livros traduzidos em várias línguas (castelhano, francês, inglês, italiano, coreano, japonês, russo, búlgaro, romeno, húngaro e checo).
Está representado em numerosas antologias poéticas em Portugal e no estrangeiro, designadamente em França, onde o seu livro "Um Amor Português", com tradução de Séverine Rosset, foi publicado com a chancela das Edições Albin Michel.
A sua obra literária foi distinguida, até à data, com inúmeros prémios.
Como escritor distingue-se na poesia, no conto, no teatro e, sobretudo, na literatura para a infância e juventude.
TÍTULOS RECENTES DO AUTOR
Para Crianças e Jovens:
"A Minha Primeira República", Dom Quixote, ilustrações de Afonso Cruz, 2009
"Henriqueta, a Tartaruga de Darwin", Texto/Leya, ilustrações de Afonso Cruz, 2009
"Galileu à Luz de uma Estrela", Texto/Leya, ilustrações de Afonso Cruz, 2009
"O Dia em que o Homem Beijou a Lua", Portugália, ilustrações de Carla Nazareth, 2009
"A Alfabeto dos Países", Oficina do Livro, Ilustrações de Afonso Cruz, 2009
"Era Uma Vez um Rei Conquistador", Oficina do Livro, ilustrações de Afonso Cruz, 2009
"Machado dos Santos-Herói da Rotunda", Texto/Leya, ilustrações de Afonso Cruz, 2010
Para Adultos:
"Meu Portugal Brasileiro", Oficina do Livro, 2008
"O Que Darwin Escreveu a Deus", Oficina do Livro, 2009
"Coração Sem Abrigo", Oficina do Livro, 2009
"A Última Valsa de Chopin", Oficina do Livro, 2010
"O Vermelho e o Verde", sobre a implantação da República, ed. Planeta, 2010
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